Archive for 2009

EMBRAPA Cerrado em São Francisco-MG


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Por: São FranciscoMG.com

O pastor Raimundo criador da Associação Comunitária de Catadores de Frutos do Cerrado convidou técnicos da Embrapa Cerrado de Brasília para conhecerem os trabalhos que estão sendo desenvolvidos em São Francisco na área ambiental e empreendimentos relacionados à produção – agrosilvicultura, DRS, oleaginosas e outros.

Na quarta-feira 14 os analistas da área de comunicação e negócios da José Maria Rodrigues Carmargos, Marco Antônio da Cruz Borba e Raphael Augusto de Castro e Melo chegaram a São Francisco, encontrando-se com o secretário Vagner Barbosa, Márcio Passos, Dirceu Rodrigues e com o presidente da COOPASF, São Francisco e, na companhia do pastor Raimundo se encontraram com os secretários os técnicosn no dia 15 participaram de reunião do Codema, sendo informados a respeito dos projetos ambientais em andamento no município e a preocupação com o desenvolvimento sustentável do deserto.

Os analistas mostraram-se surpresos com o trabalho desenvolvido em São Francisco e, em especial, com o envolvimento de setores da comunidade. Rodrigues disse que tomou conhecimento do potencial do município através de explanação feita pelo pastor Raimundo, via e-mail.

Assim, resolveram visitar o município para “constatar o potencial e traçar uma estratégia para formular um plano de ação e elaborar um projeto na área que chamamos de transferência de tecnologia”.

Boates 'verdes' na moda


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Por IGS

As casas noturnas mais modernas e conceituadas dos Estados Unidos e da Europa estão pensando no meio ambiente e levando a sério a economia de energia, tentando reduzir o consumo de outros recursos naturais.

A mais nova boate verde é a ‘Greenhouse’, que abriu no descolado bairro do SoHo, em Nova Iorque, em novembro. Desde então, atraiu celebridades como Leonardo Di Caprio. Tudo foi pensado para funcionar agredindo o mínimo possível a natureza. A iluminação, por exemplo, usa LEDs que gastam apenas um trigésimo da energia que é usada nas boates convencionais.

Os investidores também planejam compensar o “pouco” de eletricidade que usam comprando créditos de energia limpa. A decoração também é ‘verde’: o chão, por exemplo, é de bambu comprado de fornecedores com certificação de plantações sustentáveis. No banheiro, os mictórios consomem menos água.

Os donos da boate ainda se orgulham de não terem aberto mão do luxo: uniformes dos barmen são fabricados pela grife de Bono Vox (U2) e sua mulher, especializada em algodão orgânico. Uma garrafa de vodca chega a custar quase 400 dólares. “Só porque uma boate fica ‘verde’ não quer dizer que não pode ser luxuosa”, diz o empresário John Bakhshi.

Se o luxo verde é o diferencial da Greenhouse, na boate holandesa Club Watt, em Roterdã, o que chama a atenção é a pista que capta a energia de quem está dançando, e gera economia de 10% na eletricidade. Além de menos energia, a casa usa menos água e gera menos lixo que as boates normais.

Cisternas ajudam famílias no semi-árido


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Todos os estados nordestinos, além de Minas Gerais e do Espírito Santo, regiões abrangidas pelo semi-árido brasileiro, deverão concluir até o fim do ano seus planos estaduais de combate às mudanças do clima. O trabalho foi feito com recursos caseiros, repasses de uma série de ministérios e outros órgãos ligados ao governo federal e doações estrangeiras.


Conforme o coordenador do Programa Nacional de Combate à Desertificação, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Roberto Lima, em seguida serão exigidos mais recursos para que os estados transformem seus planos em realidade. Cerca de R$ 19 milhões em emendas parlamentares não devem ser liberados, devido à crise econômica global. Em novembro, os próprios governadores devem entregar planos estaduais ao presidente Lula, nordestino e retirante. Tentativa de sensibilização.“Os estados devem deixar muito claro ao governo federal que medidas tomarão em seus territórios para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e para evitar que a desertificação expulse das regiões secas um enorme contingente de pessoas”, disse.Paralelamente a esses movimentos, o governo está levantando ações em agroecologia, pequena produção, combate à pobreza e outras experiências que podem ser convertidas em políticas públicas. “Como o programa um milhão de cisternas, que começou de forma comunitária e virou ação apoiada pelo governo”, comentou.

Lima também informou que segue a construção do sistema de alerta precoce baseado em modelos matemáticos e imagens de satélite para prever secas extremas e outros eventos ligados ou não às mudanças do clima. O projeto é montado por uma série de organismos ligados ao governo federal, universidades, Fundação Cearense de Meteorologia, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Banco do Nordeste, entre outros. Deve ser lançado em 2010.
“Assim, as políticas públicas poderão incidir antecipadamente sobre determinadas regiões. Por exemplo, se o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) souber um ou dois anos antes sobre uma grande seca, pode direcionar seus investimentos”, disse.

Destacam-se pelo avanço da desertificação no semi-árido regiões como o Cariri, no Ceará e Paraíba, e Cabrobó, em Pernambuco. Atrair cada vez mais olhares nacionais e estrangeiros para essa problemática seria uma forma de angariar apoio social, político e financeiro. O Brasil, no entanto, desistiu de sediar este ano a próxima conferência mundial sobre desertificação das Nações Unidas. O evento acontecerá em solo argentino.

Aldem Bourscheit

Furia Selvagem


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Incrível!

Uma bomba ambiental à vista


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Por Altair Sales Barbosa

Como fruto da criação dos elementos de infra-estrutura e da ocupação desordenada várias aglomerações foram se solidificando ao redor de postos de gasolina e serviços, que surgiram ao longo das rodovias. Com o passar dos tempos, essas aglomerações transformaram-se em vilas povoados e começaram a reivindicar sua emancipação política. O caso mais conhecido do Vale do São Francisco, recentemente, é o antigo Posto Mimoso, que se transformou no dinâmico município Luiz Eduardo Magalhães (BA).

A emancipação do povoado de Jaborandi do município de Correntina (BA) trouxe conseqüências nefastas, pois o prefeito de novo município, no afã de transformar a região, incentivou a implantação de numerosas carvoarias, que acabaram com o cerrado e influenciaram drasticamente na diminuição dos cursos d’água e no desaparecimento de muitos destes cursos.

Atualmente, o movimento para a emancipação do Posto do Rosário e Posto Nova Itália, ambos no município de Correntina, pode ser a chama que faltava para acender o pavio de uma bomba com teor explosivo incalculável. Isto porque ambos os postos (povoados) situam-se respectivamente nas cabeceiras e cursos médios dos rios Correntina, Arrojado e Pratudão.O povoamento dessas áreas foi feito por pessoas alienígenas, alheias às forças modeladoras da seleção natural local, que não conhecem e por isso não respeitam a vocação regional. E, como tanto o povoado físico quanto à pessoas que os recheiam são produtos de um sistema de ocupação predatória e nele foram criados jamais vão valorizar e entender a preciosidade do nativo.

Os rios são fundamentais para as populações tradicionais, que fundaram as antigas cidades de Barreiras, Correntina, Carinhanha, Santa Maria da Vitória etc. Fazem parte da sua vida, é um pouco, pai, mãe e irmão e, como um feixe de luz, entra no cotidiano prático e imaginário dessa gente.

Portanto a emancipação desses Postos de Gasolina, hoje vilas e povoados, situados nas cabeceiras e cursos médios desses rios, devem ser muito bem pensado, pois podem significar a trombose de veias importantes do São Francisco, além de se criar problemas sociais de grande magnitude.

Conseqüências do sistema de ocupação atual

1 - Empobrecimento genético - "Os efeitos mais importantes acontecem quando se instalam grandes extensões de pastagens cultivadas monoespecíficas e culturais únicas, grandes consumidoras de insumos, como fertilizantes, herbicidas e pesticidas com intensa utilização de máquina pesada. Como conseqüência, empobrece a diversidade da fauna e flora, fazendo com que se percam espécies ímpares. O efeito imediato é o empobrecimento dos ecossistemas em espécies nativas e a possibilidade de aparecimento de pragas devastadoras, além da propagação de ervas daninhas. A destruição da vegetação natural, em áreas de alto endenismo, pode causar danos irreparáveis, que impossibilitariam a procura de novos materiais no reservatório genético, que são este tipo de ecossistemas. Por outro lado, já se constataram casos de propagação de ervas daninhas exóticas, provenientes de sementes das culturas e que encontram, no novo ambiente artificial de cultura, todas as condições de fácil propagação".

2 - Erosão dos Solos - A degradação dos recursos naturais é visível no reconhecimento de seus efeitos, como a erosão hídrica e eólica, a incidência de enchentes e secas, a poluição dos mananciais hídricos, o assoreamento de rios e represas etc.. No cerrado isto adquire importância se considerarmos as singularidades de clima, vegetação e solos aí existentes. O clima da região, de caráter subúmido, caracteriza-se pela incidência de uma estação seca de até 180 dias no período de inverno, e pela incidência de uma interrupção de chuvas no período de verão (verânico). A vegetação apresenta uma diversidade bastante grande, podendo-se encontrar florestas, cerrado, campos, veredas etc. Os solos apresentam uma heterogeneidade bastante grande, fruto de interações com a vegetação, o clima e a geomorfologia locais. Em sua maioria são constituídos de latossolos, que são solos profundos, de textura média a muito argilosa. Apesar de sua textura, apresentam um comportamento físico-hídrico similar com solos arenosos, com alta capacidade de infiltração, alta porosidade, baixa capacidade de retenção de água e de troca de cátions, média susceptibilidade à compactação e relativamente baixa susceptibilidade à erosão. Este comportamento é reflexo de uma estrutura formada por microagregados altamente estáveis que se comportam como areia, influenciando assim suas propriedades físicas, químicas e ecológicas. A responsável por esta estrutura singular é a capacidade cimentante dos óxidos de Ferro e Alumínio e da Matéria Orgânica. O uso indiscriminado destes solos, as elevadas doses de corretivos e fertilizantes químicos, o uso de sistemas não racionais de preparo, inclusive com a pulverização exagerada, podem gerar situações bastante nocivas para o meio ambiente físico e para as populações humanas. Outros solos que predominam na região são as Areias Quartzosas como a maior parte da margem esquerda do São Francisco e os Podzólicos. Os primeiros são solos extremamente frágeis, que devem ser considerados como áreas de preservação permanente, especialmente quando extremamente arenosos (menos de 5% de teor de argila). Os Podzólicos são solos de alta susceptibilidade à erosão, geralmente em relevo ondulado ou forte ondulado, que devem ser ocupados com atividades de pecuária ou reflorestamento especialmente com espécies nativas. O estudo, validação e difusão de sistemas adequados de manejo dos solos e da água para os solos dos cerrados são necessários, reservando sua exploração às áreas já ocupadas ou que possuam um planejamento para uso global.

3 - Contaminação química das águas e da biota - "O uso indiscriminado de agrotóxicos já foi bastante denunciado em outras regiões do país, e alguns estados, como o Rio Grande do Sul, contam com legislação específica para seu controle. No cerrado, não se conhecem bem os efeitos, e os controles são bastante precários. Como o ambiente do cerrado está sendo violentamente alterado, podem proliferar doenças que antes não eram conhecidas, devido à perda dos controles biológicos de certos insetos e doenças. Frente a estas perspectivas, muitos produtores exageram na aplicação de agrotóxicos, provocando danos ainda maiores pela geração de variedades resistentes, e o aniquilamento conjunto de pragas e seus controladores. Outro fator pouco conhecido é aquele devido ao uso de altas concentrações de calcário e fertilizantes, para corrigir as deficiências químicas da maioria dos solos do cerrado. Provavelmente as condições químicas dos solos melhoram com o tempo, mas, a longo prazo, serão afetados os lençóis freáticos e em conseqüência as águas superficiais. Haverá eutrofização hídrica. Estas, por enquanto, são perguntas sem respostas. A importância deste fator é relevante se levarmos em conta que serão criados vários reservatórios na região para geração de energia elétrica. Haverá paisagens que serão mais afetadas e outras que não o serão. Este é um assunto a ser estudado seriamente, antes do fechamento dos reservatórios, dentro das pesquisas necessárias à determinação da viabilidade dos projetos".

4 - A irrigação - "A irrigação no cerrado é um fenômeno cada vez mais intenso, devido às características favoráveis que a região apresenta, como por exemplo a insolação alta na época seca, o acesso facilitado à eletricidade nas regiões de ocupação mais antiga, os programas de incentivo e a garantia, por parte do produtor, de colheita certa e farta. Deve-se distinguir dois tipos de irrigação: A irrigação das terras altas, que é realizada utilizando-se alta tecnologia em termos de equipamentos. O manejo da água e do solo, no entanto, é realizado sem mínimo critério técnico, sendo que os gerentes destas áreas desconhecem conceitos simples como a lâmina de água, turno de irrigação etc. O manejo do solo, por sua vez, é executado com técnicas recomendadas para terras não irrigadas (sequeiro), desconhecendo as interações ambientais criadas pela irrigação no período de inverno seco. Nas várzeas, o efeito maior é o da destruição dos ecossistemas ribeirinhos e dos vales utilizados, como as veredas e as planícies aluviais. Em regiões como o oeste da Bahia, esse tipo de irrigação pode provocar danos às próprias terras altas, favorecendo a erosão, já que as veredas protegem os solos arenosos da região. Uma descida do nível de base com drenagem pode provocar danos imprevisíveis. O papel protetor dos buritizais e das florestas de galena é significante. Ao ser eliminado, provoca a desintegração da própria várzea".

5 - Exploração mineral dos cerrados - Outra atividade que vem causando sérios efeitos, com alterações nas paisagens, é a de exploração mineral. As cicatrizes e degradacão provocadas pelas minas a céu aberto exigem projeto imediato de recuperação da paisagem, utilizando espécies vegetais nativas. Da mesma forma, a degradação provocada pela retirada de areia, cascalho etc., para o preenchimento de galerias em minas subterrâneas, exige as mesmas providências. A garimpagem de ouro, na qual se utiliza, sem controle, grande quantidade de mercúrio, tem causado sérias contaminações ao ambiente como um todo. A técnica de purificação com cianeto nos grandes projetos de mineração necessita de cuidados e estudos especiais, para não pôr em risco grandes espaços geográficos.

6 - Formação de reservatórios - A formação de reservatórios tem sido outro elemento deturpador do meio ambiente, afetando este de diversas maneiras:
a) modifica o ambiente lótico que passa a ser béntico, com mudanças drásticas da fauna aquática;
b) inunda extensas áreas, destruindo ambientes e terras, às vezes de alto valor agrícola, ecológico etc.;
c)serve de barreira ecológica para a migração de fauna;
d) provoca ocupação descontrolada na sua bacia, favorecendo a erosão dos solos e afetando o próprio reservatório;
e) a população moradora da área inundada é obrigada a se deslocar; e) favorece a proliferação de doenças transmitidas por vetores aquáticos.

7 - Retirada da cobertura vegetal natural e os aquíferos - O Cerrado é uma floresta de cabeça para baixo, 2/3 das plantas se encontram no solo. Esta parte forma um complexo sistema radicular, que retêm mais de 70% das águas das chuvas. Estas águas alimentam o lençol freático que, por sua vez, alimenta os aqüíferos, que dão origem às nascentes que formam os córregos, que formam e alimentam os rios. A retirada da cobertura vegetal natural, na realidade, é o princípio do fim.

Desabafo de um futuro geógrafo!


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Por Augusto Nery - Caderno Geográfico

Parece nostálgico ou besteira, mais o que vou falar é a realidade de muitas pessoas. A pessoa que decide fazer geografia tem que estar ciente que vai enfrentar uma série de preconceitos! Você concorda? É um absurdo, mais é isso que acontece. O que será que tem de tão ruim na geografia que muitas pessoas não a valorizam? É emocionante ver a festa dos familiares de um formando de Direito ou ao ver a aprovação para cursos como Medicina, Engenharia e outros. Mas e a geografia?

Ao responder que faço geografia muitas pessoas param e perguntam: mais porque geografia?É demais pra mim!!!

O nosso capitalismo não brinca, e pra ele só vale quem tem o mais cobiçado, o que está na mídia ou em alta.

A nossa Geografia tem que se impor ! Nós como Geógrafos temos que mostrar para a sociedade a verdadeira finalidade do ensino e da prática da geografia. Chega de falsos profissionais, com pouca capacidade intelectual, com poucos incentivos. O Caderno Geográfico está aqui para mostrar que existe alguém no mundo que se preocupa com a produção geográfica. Tenho esse blog porque foi o meio mais acessível de publicar minhas idéias. Isso aqui não é brincadeira.

O mundo está cheio de problemas que precisam de um parecer geográfico, porém temos deixado de exercer nosso papel dando espaço para biólogos, engenheiros, bailarinos (sátira)... Como podemos pedir algo da sociedade se não damos nada em troca?

Continua a luta de nosso grande ícone Milton Santos que lutava por uma Geografia NOVA, e eu acrescentaria a palavra ATUANTE. O engraçado é que Milton Santos nem formado em geografia era!!!!

Não vamos fazer nenhuma revolução, vamos apenas por em prática algo que temos em nossa mãos, O conhecimento. Vamos revisar o conceito de Geografia... vamos produzir, vamos estudar, vamos mostrar a nossa cara!

A importância de estudar geografia .


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Por Edmunda, Edvania, Meire, Patrícia e Reijane

Nos anos 1970 , criou-se nos EUA a expressão de ¨analfabetismo geográfico", diante da constatação da enorme carência de conhecimentos geográficos que existia entre a população em geral e entre os estudantes em particular.Os educadores daquele país e a mídia,ou meios de comunicação (jornais,revistas,televisão e rádio),logo fizeramuma campanha para denunciar esse problema.O analfabetismo geográfico tinha-e,em partes ainda tem-indesejáveis consequencias práticas.

Veja estes exemplos:

*Nos anos 1980,uma empresa de aviação norte americana teve enorme prejuizos ao tentar entrar no mercado brasileiro,porque servia comida mexicana em seus aviões e treinou seufuncionários em espanhol, imaginando ser esse o nosso idioma.

*A maior rede de comércio varejista do mundo também fracassou em seus primeiros anos de negócios no Brasil pois entulhou suas lojas com artigos impróprios ao noss clima e aos nossos hábitos: roupas, para esquiar, agasalhos para o frio do Alaska,tacos de beisibol e etc. Existem ainda ainda centenas ou talvez milhares de exemplos semelhantes, em relação não só ao Brasil, mas também a inumeros países da América Latina, Àsia, África e até Europa. Depois de cosntatar o analfabetismo geográfico nos Estados Unidos os educadores e autoridades partiram para realizar uma semana de Cosncientização geográfica em 1987 no congresso nacional em Washington.

Nos anos 90 promoveram uma radical reforma do seu sistema escolar como: aumentaram o número de aula de geografia por semana e modificaram seu curriculo. Acabaram com a geografia tradicional descritiva e procuraram ligar geografia com a vida, com os problemas do mundo, do país e do lugar onde a escola está inserida.

Vejamos agora alguns trechos de falas proferidas durante essa semana no Congresso Norte Americano:

*¨Todos nós no Congresso imaginamos que é de vital importância melhorar nosso sistema educacional, se quisermos manter a nossa competição mundial. Como parte desse esforço, devemos nos assegurar de que os jovens americanos tenha uma clara compreensão de como é o mundo e quais são as influencias humanas positivas¨(senador Edward kENNEDI).

* ¨Dependemos de uma população bem informada para manter os ideais deemocráticos que fizeram a grandeza deste país. Quando 95 % de nossos estudantes universitários não conseguem localizar o Vietnã num mapa mundi,d evemos nos alarmar. Quando 63% dos americanos que participaram de uma pesquisa nacional feita pela CBS e pelo jornal Washington Post não conseguiram dar o nome das duas nações envolvidas nas conversações SALT, estamos falhando em educar nossos cidadãos a competir neste mundo cada vez mais interdependente¨.(senador William Bradley).

* Ignorar geografia é uma atitude irresponsável. Ela é tão importante para os negócios e política doméstica quanto para as decisões militares e de política exterior¨.

Vozes do Clima


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Quem pensa que aquecimento global é apenas especulação econômica, tem que reaver seus conceitos.

Das 300 nascentes catalogadas no DF, 100 estão mal preservados


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Diego Amorim - Correio Braziliense
Publicação: 27/02/2009 08:13

Um terço das nascentes catalogadas no Distrito Federal agoniza à espera de socorro. Vítimas da ocupação desordenada, do descaso com o meio ambiente e da falta de consciência ecológica, pelo menos 100 olhos d’água, a maioria em área urbana, sofrem com assoreamento, acúmulo de lixo e desmatamento. Em alguns casos, as regiões que eram para ser de proteção permanente viraram tanques de lavar roupa a céu aberto e locais de banho coletivo. Aos poucos, nascentes perdem vazão e, a qualquer momento, podem secar.

O Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do DF (Ibram), ligado ao governo local, estima que existam mais de mil nascentes espalhadas na cidade. Das 300 identificadas até aqui, 199 foram adotadas desde 2001, quando surgiu o programa Adote uma Nascente. Isso quer dizer que essas, bem ou mal, são monitoradas e recebem o mínimo de cuidados por parte de pessoas ou empresas que, voluntariamente, resolveram ajudar de alguma forma. Nas restantes, a equipe de cinco funcionários do Ibram responsável por cuidar das nascentes não consegue impedir a degradação.

Há 12 anos, um olho d’água resiste ao abandono na entrada de São Sebastião. Capins braquiaras invadiram as margens. Ali, duas bombas de sucção foram instaladas. Elas abastecem pelo menos quatro casas próximas. “Tem a água que vem da rua, mas essa é limpa e geladinha. E é de graça”, comentou o ajudante de pedreiro Devanes Ferreira, 32 anos. O que ele e outras pessoas fazem pode ser enquadrado como roubo de água.

Do outro lado da rua, outra nascente, a Morro Azul, está ameaçada, apesar de ter sido adotada em 2007 pelo servidor público José Carlos Maciel, 42. Na época, ele plantou 50 mudas de vegetação nativa e fez mutirão para limpar a área. Ontem, voltou ao local e o encontrou cheio de sacolas plásticas e garrafas de vidro. Cascalhos da região, segundo ele, foram retirados para construir as ciclovias ali perto. O projeto de um condomínio a ser construído nas proximidades já foi aprovado. “Essa é uma nascente condenada”, lamentou.

A coordenadora do Adote uma Nascente, a bióloga Vandete Maldaner, diz que em 2009 a meta é convencer os adotantes do compromisso que precisam ter com as nascentes. No fim do ano passado, o programa recebeu R$ 43 mil da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP) do DF. O dinheiro será aplicado em estudos para monitorar a qualidade da água e a vazão nas minas já adotadas. “Queremos nos preocupar mais com a qualidade das adoções do que com a quantidade”, resumiu Vandete.

Bom exemplo
O síndico do condomínio Jardim Botânico V, José Máximo de Oliveira, 56, é exemplo a ser seguido. Em 2006, adotou a nascente que fica no residencial e, desde então, a mantém preservada, sem entulhos que antes a sufocavam. Plantou cerca de 100 mudas e impediu qualquer construção nas redondezas, escalou um funcionário para fazer limpeza periódica e espalhou placas pelo local lembrando os 1,5 mil moradores de que ali, em meio às 310 casas, há uma nascente.

Adotar um olho d’água requer mais que boa vontade. Os interessados precisam arcar com os custos da preservação, como colocar placas e cercas, comprar mudas para reflorestar o local e impedir a invasão dos 50m destinados à área de preservação permanente (APP). Oliveira não quis nem falar em dinheiro: “Foi coisa pouca. Consegui umas mudas com a administração, não gastei quase nada”. “Não tem segredo. É só fazer a nossa parte que a natureza faz a dela”, completou, ao exibir o certificado de adotante.

A ideia de convocar a população para salvar as nascentes serviu de modelo para a WWF-Brasil. Em março do ano passado, a ONG lançou o programa Nascentes do Brasil, que segue a mesma lógica da iniciativa distrital. “Proteger as nascentes ajuda a diminuir custos de tratamento e melhora a qualidade da água. Mas as pessoas esquecem que a água não vem da torneira”, comentou o biólogo Samuel Barreto, coordenador do programa Água para a Vida do WWF-Brasil.

Tira-dúvidas
# Quem pode adotar uma nascente?
Qualquer pessoa física ou jurídica que não esteja envolvida em processos de crimes contra o meio ambiente. O voluntário pode ser desligado a qualquer momento do projeto por vontade própria ou caso cometa algum crime ambiental.

# Quem escolhe a nascente?
O interessado, sob a orientação do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram). A adoção em terras públicas é permitida, mas não implica qualquer tipo de direito de posse e/ou de ocupação da área. Em terras particulares ou ocupadas por arrendamento, ela só pode ser feita se autorizada pelo responsável.

# Como se dá o processo?
Depois de escolher a nascente a ser adotada, a pessoa tem de preencher cadastro e entregar cópia de documentos pessoais e da área a ser vistoriada ao Ibram. Em seguida, o instituto vistoria o local da nascente e elabora relatório propondo ações para preservação e/ou recuperação. O voluntário recebe, então, o certificado de adoção, que vale por dois anos. A renovação é feita se as ações propostas no relatório técnico forem executadas.

# Quem custeia a recuperação da nascente?
O responsável pela adoção pode e deve buscar pessoas e empresas que apoiem o projeto com recursos financeiros, serviços ou doação de materiais. Também pode utilizar recursos próprios. As ações realizadas pelos voluntários não estão sujeitas a indenizações por parte do governo.

# Como obter informações sobre o programa?
Por meio do telefone 3321-3472 e do site:

Nascentes do Plano Piloto estão ameaçadas por erosões e entulho


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As nascentes do Plano Piloto estão ameaçadas por erosões crescentes e entulho. Logo na entrada do Parque Ecológico de Uso Múltiplo da Asa Sul, na 613/614 Sul, um irônico sinal de alerta. Apesar de cercado com placas de proibido jogar lixo ou entulho, bem embaixo da sinalização há pneus velhos, uma caixa com lixo e um galão de água com a boca virada para cima. Mais adiante, garrafas de vidro e sacolas plásticas contaminam a lagoa. Na nascente, o mais preocupante: uma grande erosão.

Sem grama ou árvores próximas às nascentes, a enxurrada resultante dos dias de forte chuva carrega terra e toda sorte de dejetos das vias para a lagoa. A vegetação das margens é atingida e, gradativamente, destruída. O acúmulo de terra assoreia córregos e lagos. O lixo contamina a água.

No parque da Asa Sul, a situação se complica porque as bocas de lobo não conseguem dar vazão ao volume de água da chuva, em parte porque não têm o tamanho adequado e em parte porque frequentemente ficam repletas de lixo urbano. Dessa forma, a água transborda e segue em direção à nascente. E o ciclo recomeça: boca de lobo ineficiente, ausência de vegetação, lixo. Tudo contra a preservação. “As enxurradas abriram uma erosão de 12m antes da nascente. Essa erosão já tem 4m de profundidade”, lamenta o voluntário que adotou as nascentes do parque da Asa Sul e do Olhos D’água, na 412/413 Norte, o advogado Ricardo Eugênio Montalvão Coelho.

No Olhos D’água, a nascente, que fica fora do parque, na entrequadra 212/213, está próxima de prédios residenciais. Foi recentemente cercada, mas já se observam sinais de vandalismo. Qualquer pessoa tem acesso ao local. “A gente usa na hora do descanso para se banhar ou escovar os dentes”, confirmou um auxiliar de limpeza que preferiu não se identificar.

Além da ausência de consciência ambiental, em tempos de chuva a água escorre das ruas carregando o que encontra pela frente e desembocando na nascente. A erosão no local aumenta a cada dia, como indicam as raízes de árvores que protegem as margens, cada vez mais expostas.

Para a geógrafa e participante do Fórum de ONGs ambientalistas Mara Moscoso, a área do parque da Asa Sul está degradada. “Em muitas partes não se vê nem ao menos grama. A água ali é mais turva do que no Parque Olhos D’água. Como fica próximo à L2 Sul, quando chove a água carrega óleo dos carros e lixo para a nascente. Se existisse vegetação próxima a ela, a área verde funcionaria como filtro. A própria raiz seguraria a água e diminuiria sua intensidade”, explica a geógrafa. Segundo ela, a diminuição da velocidade da água reduziria, também, o risco de erosão. “A água cava a terra, causando erosão, porque não há nada que a impeça. Até a grama é importante. Caso contrário, ocorre o assoreamento, que é o acúmulo de terra na água, como acontece no Lago Paranoá”, alertou Mara. Na prática, as agressões à natureza causam a morte da vegetação e de animais que dependem dela. “Isso além de tornar o espaço visualmente desagradável e de tornar real a possibilidade de falta de água no futuro”, disse a geógrafa.

SAIBA COMO AJUDAR

Faça sua parte
As nascentes devem, preferencialmente, estar cercadas. Mesmo que não estejam, procure não se aproximar, principalmente com animais, ou usar a água dali para evitar contaminação

Não jogue lixo na rua. Isso evita que as bocas de lobo entupam em época de chuva, o que prejudica o escoamento da água, que pode parar na nascente em forma de enxurrada, levando e arrancando o que encontra pela frente.

Recomponha a vegetação nativa nas margens da nascente. Uma maneira é plantar mudas de espécies naturais da região para conservar o solo e evitar ou minimizar o assoreamento.

Cidade mais populosa do DF completa 38 anos


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DFTV
Ceilândia, que nasceu de várias invasões, hoje abriga gente de todo canto, principalmente do Nordeste. Atualmente, a cidade tem mais de 360 mil moradores.


São 365 mil moradores em Ceilândia. Uma população maior que a de capitais, como Vitória, Palmas e Rio Branco. O território da cidade tem 230 quilômetros quadrados, maior que João Pessoa, na Paraíba, e Aracaju, em Sergipe.

A cidade tem 7.500 comércios e 1.180 indústrias. Gente que trabalha, compra nas feiras e gosta de um forró e de um rap. Uma cidade completa. “É uma cidade boa, tudo que a gente procura é fácil de encontrar”, diz um senhor. “É tudo de bom, porque sou pioneiro de Ceilândia”, afirma outro senhor.

A maioria dessa população é de origem nordestina. “Sou do Maranhão e não me arrependo de ter vindo para essa cidade. Em Ceilândia tem muitos maranhenses. Então, a gente mora perto de todo mundo”, conta a dona de casa Ana Maria.

E é no centro da cidade que os mais antigos se encontram. Ao redor da mesa, sempre jogando. “É tudo de bom. Está faltando apenas uns banquinhos, ao redor da mesa, para a torcida ficar sentada vendo a gente jogar”, brinca o aposentado Lourival Alves.

Quando chegou do Ceará, o cenário que Francisco das Chagas Nogueira encontrou era bem diferente. “Não tinha nada, era só mato. Mas logo foi crescendo. Eu andava com minha mercadoria na carroça. Só que era tanta poeira que tinha até medo de um carro bate em uma carroça, porque não dava para enxergar nada”, lembra o comerciante.

Em um espaço, bem no coração de cidade, é possível conhecer um pouco mais da história de Ceilândia. A Feira Central, inaugurada, há 32 anos, tem 460 barracas que reservam muitas curiosidades.

Nos corredores, as cores e os sabores do Nordeste. “Tem mocotó, sarapatel e buchada”, diz uma feirante. No cardápio, um tempero marcante. Quem experimenta sempre volta. “

A música é outra riqueza desse povo. No acordeão, Espirro, e no vocal, Aline. Os dois são da banda Nega Maluca, de Ceilândia. Com o forró, fazem uma homenagem a este cantinho do Distrito Federal. Eles cantam “Parabéns pra você”.

“Essa homenagem é pouca. Ceilândia é tudo”, enfatiza um morador.

Na Praça do Restaurante Comunitário tem Banda Sinfônica e teatro. E tem ainda festival de forro na Praça dos Eucaliptos até 2h.

Flávia Marsola / Wilson Sousa